23 de set. de 2016

Número de transplantes do DF supera média nacional

Quantidade de procedimentos na capital dobrou de 2015 para 2016


O Distrito Federal tem um dos melhores índices de doação de órgãos e tecidos do Brasil. Enquanto a média nacional é de 16 pessoas a cada milhão de habitantes, na capital federal, a taxa é de 28,8 doadores por milhão. Os dados, da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), ainda apontam um aumento no número de doações, no DF, de 2015 para 2016.


O transplante de rins foi o que teve maior crescimento: passou de 32, no primeiro semestre do ano passado, para 60 entre janeiro e junho de 2016. As cirurgias de fígado subiram de 28 para 37, e de coração, de 12 para 19. "O ano passado a rede estava um pouco desestruturada e isso atrapalhou. Mas este ano está melhor", justifica a diretora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos do DF, Daniela Salomão.

Cleusa Cristina Miranda foi um dos pacientes que receberam doação de rim em 2016. Após dois anos aguardando na fila, ela foi transplantada em 7 de setembro e já está vendo melhoras. "Antes da cirurgia eu tinha hipertensão do rim. Por conta da doença, sofria com edemas pelo corpo, inchaço, pressão alta, anemia e vômitos", conta.

PROCEDIMENTO - A central de notificações funciona no Hospital de Base e a captação pode ser feita tanto em hospitais públicos quanto em particulares, onde houver possível doador. "Quando é constatada a morte encefálica do paciente, o hospital faz contato com a gente e passamos a acompanhar, vendo se há possibilidade de doação. Caso haja, entrevistamos a família do paciente para pegar autorização. Se a família autorizar, as equipes de transplantes entram em ação", explica Daniela Salomão.

Posteriormente, os dados são inseridos no sistema do Ministério da Saúde, que vai gerar a lista de pacientes candidatos a receberem o órgão. "A preferência é sempre para o paciente do estado onde o órgão foi doado. Porém, se não houver candidato apto ali, o órgão é enviado para outro Estado", destaca Salomão.

Hoje, 292 pessoas aguardam na fila por um transplante no Distrito Federal. A maioria (80,13%) espera por um rim. Vinte pessoas aguardam um fígado, seis por um coração e 32 por córnea. Na fila pediátrica, três crianças aguardam por um rim, uma por um coração e seis por córnea.

No DF, dois hospitais particulares e três da rede pública realizam transplantes. No Base e no Hospital Universitário de Brasília são feitos os procedimentos de rim e córnea. Conveniado à Secretaria de Saúde, o Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) faz mais procedimentos, incluindo coração, rim, fígado, córnea e medula óssea.
NACIONAL – O Brasil é referência mundial em transplantes, sendo mais de 90% dos procedimentos realizados pelo sistema público de Saúde. Em 2015, foram feitas 23,6 mil cirurgias. Um total de 1.164 órgãos e 2,4 mil tecidos foi transportado. Houve, ainda, 110 órgãos e 219 tecidos transferidos em parceria com as Centrais Estaduais de Transplantes.

No próximo dia 27, comemora-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. O DF promove uma série de atividades para agradecer às famílias. Veja a programação aqui 

Por JDF Brasil / Com informações da Assessoria de Imprensa Agência Notícias

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